



Papagaios Produções Artísticas
A minha estréia no teatro aconteceu em 1990 de maneira muito curiosa, pois não foi intencional, não foi uma busca minha pela interpretação. Poucas pessoas sabem, mas iniciei minha incursão pela vida artística cantando em bares e restaurantes, ainda com 16 anos de idade, por influência do amigo Cantor, Compositor e Jornalista Netto Pandorga.
Na época eu cursava o último ano no colégio Atual e cantava em um bar chamado “Danado de Bom” que funcionava na Rua Dom José Lopes em Boa Viagem. Patrícia França, atriz e conhecida minha por meio da produtora Margareth, foi ver-me cantar algumas vezes e mencionou que eu cantava de forma diferente, como se estivesse recitando ou interpretando a canção e que aquela maneira de cantar tornava a minha apresentação mais atrativa.
Patrícia acabara de receber o convite para dar vida a “Tereza Batista” na mini-série da Rede Globo e estava sendo substituída pela atriz Cira Ramos no espetáculo CAXUXA. Por sua vez, Cira Ramos estava em início de leituras do texto “O Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda”, texto do carioca Celso Lemos, com direção de Manoel Constantino, que necessitava de mais um ator para fechar o elenco. Patrícia me indicou para Cira, que por sua vez me apresentou ao elenco e eu participei de três leituras iniciais. O espetáculo tinha produção da Papagaios Produções Artísticas, dirigida pelo saudoso Henrique Rodrigues e o artista plástico João Neto. Para minha surpresa, fiquei com o personagem título, o Rei Arthur, além de me deparar com um elenco muitíssimo experiente: José Ramos, Auricéia Fraga, Cira Ramos, Alfredo Montebelo, Flávio Santos, Maurício Melo, Nino Fernandes, Ril Gouveia, Silvia Marques, Aidil Araújo, João Neto e Henrique Rodrigues.
O espetáculo cumpriu uma temporada generosa e com um bom público. Fomos indicados para doze prêmios pela comissão do SATED e FETEAPE aos melhores do teatro pernambucano em 1991, conquistando quatro troféus: os de melhor figurino e adereços, para João Neto; melhor iluminação, para Sulamita Ferreira; e melhor ator coadjuvante, para José Ramos.
*Fonte: “Memórias da Cena Pernambucana” Vol. 04 - Leidson Ferraz
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